Depois de um desabafo sobre como expectativa é um sentimento bosta (aqui), resolvi criar uma continuação e desabafar sobre esses feelings escrotos.
Somos inseguros, passamos grande parte do tempo em busca de convicção e certeza. Criamos situações nas nossas cabeças, vivemos e revivemos momentos física e mentalmente. Desconfiamos. Construímos teias, nos emboscamos. Buscamos estabilidade nesse mundo cheio de possibilidades.
Quando criança, cansei de ouvir o bom e velho "quem procura, acha", e não é que encontra mesmo? Há sempre aquele medo pela busca, a vontade de recuar e deixar tudo como está. Depois não. Após contar até dez, respirar fundo umas quinhentas vezes, engolir seco, invocar o David Guetta para distrair a mente, jogar uns RPG cabulosos, a curiosidade vence você. Olha aí, tá fazendo um monte de bosta tentando acertar a senha, desbloqueando o celular, lendo as conversas, atendendo a ligação em número privado. Tá fazendo bosta.
O lance do procurar e achar é que, mesmo que não tenha nada, você vai fazer parecer até o mísero "Olá" de uma pessoa totalmente inocente da sua fúria ser a nova tempestade em copo d'água. Acho que, em algum momento, a dúvida vai gerar uma necessidade de provar desde o começo que toda essa bosta de mergulhar na privacidade e individualidade do outro tinha uma razão. Não tinha. O pau vai quebrar por falta de confiança - ou pelo abuso da mesma.
De todas as minhas experiências - sejam elas de amizades ou amorosas -, esse negócio de emprestar a senha não dá. Meu celular é meu e diz respeito somente a mim, nem por isso me torno desleal, desonesta, desrespeitosa, desqualquer coisa. Procurar e achar é um sentimento bosta, mesmo quando não se acha nada demais.
Tirei daqui ó: http://ladiabolique.blogspot.com/2015/03/procurar-e-achar-e-um-sentimento-bosta.html
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