Look da Jô: conjuntinho (sempre) pode!

Posso contar uma coisa daquelas bem clichês para vocês? Nunca diga nunca na moda, você pode morder a língua. A rainha da tag de EU NUNCA desse blog era a Carla, mas é curioso como eu tenho meus momentos de dizer que não usaria algo e depois, pronto, vejo que estava totalmente errada.

Quando minha mãe chegou de NYC ano passado, ela me deu um short de bolinha. Caramba, eu amei. Ele é de uma das minhas lojas favoritas dos Estados Unidos, era do meu tamanho folgado (no Brasil sou sempre o último tamanho das lojas que frequento, quando cabe) e tinha uma modelagem A, que favorece meu corpo, ainda que eu evite atualmente ficar neurótica em tentar atender a regras de ampulheta/ proporcionalidade (uso vários que não são, mas esse sendo, ajuda a compor looks). Para completar, a estampa meio fofa ainda funciona bem para o lado meu que tenta (quase sempre de forma frustrada) trazer um certo romantismo aos looks. look-da-jo-bolinhas-3

camiseta e short J. Crew | tênis Keds | bolsa Coach | casaquinho Tory Burch

Quando eu ganhei o short descobri que eu amava usar num mix de estampas (com listras uso sempre) e com camisetas lisas. De cara minha mãe me ofereceu a camiseta dela com estampa igual para que eu usasse em forma de conjuntinho. Prestem atenção no fato de que repudiei a ideia com veemência.  Disse que ela estava doida, que isso ficaria péssimo e cortei a ideia pela raiz porque temos gostos muito diferentes. Ainda reiterei que essa mistura de conjuntinho já foi, era passado.

Ai ai moda, tantas tendências, tanta liberdade e eu ali sendo implicante…

Pois bem, eu estava errada. 

No dia do último piquenique de 2018, Carla estava aqui em casa e nada estava combinando com meu short. Foi assim que num golpe de “loucura” fui no armário da minha mãe e sequestrei a camiseta, incentivada pela Ca. Já que nada estava bom, eu iria arriscar. Afinal, com apoio moral, eu estava confiante de que se ficasse péssimo ela ia me dizer pra trocar. Ela não disse. Ao contrário, ela não entendeu o motivo de eu ser tão reticente em usar as duas peças juntas.

Foi assim que na hora que vesti acabei achando bem fofo. Usei pela primeira vez naquele dia, agora ela já ganhou versão com casaquinho amarrado e bolsa nova.

look-da-jo-bolinhas-2

É impressionante os pré conceitos que a gente alimenta na moda, né? É igual com corpo, peso e alimentação, um monte de crença que colocaram na nossa cabeça e a gente nem sabe de onde veio.

Se eu tivesse testado a sugestão da minha mãe de cara, teria gostado antes dessa mistura que ficou bem fofa no meu ponto de vista. Achei super a ver comigo. Ainda que não saiba definir meu estilo pessoal da forma que eu gostaria, cada dia fica mais claro o que eu gosto e não gosto. O meu estilo “arrumada usando a moda para me expressar” x o meu estilo “largadona básica” vão aos poucos se complementando mais e brigando menos, porque já não é mais sobre encontrar quem eu sou nos estilos e referências de fora, hoje é sobre eu descobrir o que eu gosto e o que eu não gosto. O que combina com a atual versão de mim. 

Uma leitora me disse e eu jamais esqueci: é a roupa precisa que me vestir bem, não o contrário.

Nesse meu processo geral de autoconhecimento, eu quero começar a usar a moda pra me comunicar de forma mais coesa comigo. Aquela sensação de que eu tinha que vestir o que dava começa a perder espaço para a vontade de me vestir de forma livre, usando o que faz meu coração bater, sem tantas crenças pré estabelecidas.

Aos poucos começo a ver que aquele papo de que a moda não era pra mim não existe. De alguma forma quando a gente começa a se sentir segura de quem é, a moda se torna para todas. 

Foi assim que mordi minha língua com todo prazer.

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Tirei daqui ó: http://f-utilidades.com/2018/01/25/look-da-jo-36/

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